Freitag, 14. November 2008

Desejos

Parei hoje e me deparei adimirando um mulher, olhos escuros,a pele amarela , azeda, de um ton triste e enfadonho seu nariz era assimetrico mas sua boca era similar a um corte de pele feito com lamina de barbear, seus olhos estavam cheio de lagrimas eu senti que ela queria chorar e desejei que ela sentasse ao meu lado e me contasse oque tinha a magoado de forma tao terrivel a ponto de ela se deixa ver com os olhos embacados, sorrir ai seu encontro e me vi nos olhos escuros e trsite dela, ela estava sozinha, mas sozinha do que sempre, ela era uma pessoa sozinha, mas hoje ela por algum motivo que eu nao saberei estava mais sozinhas do que sempre, no canto do trem um homem grande, ombros largos mas com um sorriso de pervesao e um olhar que me fez sentir que faltaria carne em meu corpo quando eu chegasse ao meu ponto de trem, ele nos adimirava podia ver oque estava se passando entre nos duas, ela divia nagueles poucos minutos sua dor comigo e no fim eu deixei ela me dominar e com os olhos ela me contava tudo que estava acontecendo com ela, vi seus olhos se encherem de lagrimas e uma delas bem traicoeira rolar do lado do olho que estava virado neste momento para fora, ela olhava e nao via nada, e eu a olhava e nao entendia por que fazia isso, vi que seus dedos amerelos, finos e doentis com a ponta amarelado do uso freguente de uma droga simples, cigarros, em vao ela procurou cigarros em sua bolsa, ela sabia que nao poderia fumar ali no trem, mas a esperanca de em poucos minutos se livrar deste ar pesado que reina dentro de um trem da Alemanha e acender seu unico amigo e consolo de noites e noites de sono, ali estava ela, e me olhava sei que ela queria me contar o que estava sentindo, me emocionei mesmo quando em um breve momento ela virou-se e vendo que eu a adimiarava sorriu.
Seu rosto modificou-se , sua pele amarela tornou-se parda, e a angustia que eu sentia ao ve-la na minha frente transformou-se um desejo ate materno de abraca-la e dize-la que eu a entendia , que eu tambem desejaria chorar, que as coisas nao estao bem, tive o desejo de levantar e perguntar se ela nao queria descer, poderiamos tomar um cafe, ela me contaria tudo e eu ouviria, sim eu oviria e ficaria ouvindo o quando de tempo ela quisesse falar, eu nao me importaria de voltar para casa, esqueceriamos nossas dores juntas em um bar, eu que nao bebo, pediria um copo de vinho, vinho tinto e seco, com pedras de gelo, e um pedacinho de limao, mas nao limao desse amarelo, azedo que ja vem perfeito para enfeitar coguetes, nao queria um limao do Brasil verde, quase doce, que me deixasse horas depois o gosto de citrico na lingua, e ela me contaria tudo sim...
Ele nos olhou novamente, senti que se ele me olhasse novamante eu nao teria mais pernas para caminhar a peguena distancia entre o Auslandsammt e minha casa, virei para a janela, que e fechada para a minha seguranca, e notei que ela segurou com os finos dedos uma anel invisivel, uma alianca invisivel, que somente eu ela podiamos ver, vi seus olhos se assustarem ao ver que eu notei seus movimentos, sem jeito olhou novamente na bolsa preta com listras vermelhas atras do cigarro, nao os encontrou, eles haviam caido no banco quando da primeira vez, eu estava hipinotizada, um desejo ardende de lhe acalentar tomou posse de mim, o homem desceu, e de alguma forma senti como se agora o trem estivesse vazio, so havia eu e ela e nosso sofrimento e nosso medo e nossas dores...
Decide que falaria com ela, sim eu sabia oque ela estava sentindo, sim eu a entendia, sei oque ela precisa, e eu seria menos danoso a sua saude do que os seus outros amigos na caixinho com a foto de um bebe magro e semi-morto resultado de uma gravidez acompanhada de cigarros, neste momento lembrei que eu mesma estava igual ou pior que ela eu tinha medo tambem, medo de nao poder mais ser mae, medo de meu corpo nao poder mais dar o desejo do meu marido, e busquei eu mesma inconciente a minha alianca, sim eu sou casada, a 5 anos, e ainda nao tinhamos os filhos que nos unisse, envao procuro de novo em meus dedos doidos e inchados a alianca que esta quardada na caveta do armario umilde que fica logo abaixo da tv, noto que ela tambem me observa, ela sabe oque eu estou procurando, neste momento deixo de ser o observado e passo a ser a vitima, sim estamos no mesmo barco, estamos desiludidas e com medo, eu olho para mim mao, tao cansadas, o dia inteiro preenchendo formularios, ela cruza as maos mostrando que sabe oque eu estou sentindo, nao conseguimos oque desejamos, somos iguais, irmaes, filhas, mas ainda nao somos maes, nosso ventre esta seco, quase morto, e o tempo esta contra nos , vejo as peguenos pes de galinhas ao redor de seus olhos escuros, o relogio esta fazendo tic-tac para ela e ela ainda nem sequer tem a alianca...
Vejo mais uma vez que seus olhos a desobedecem e uma outra lagrima, mais gorda que a primeira desde pelo canto do olho que esta virado para a janaela, sera que ela treinou para as lagrimas so sairem de um olho que esteja estrategicamente voltado para a janela? Nao sei, mas irei perguntar, todo o meu esta envolvido no desejo de a consolar de ser sua mae , de a proteger, e como que em um impulso fecho os olhos respiro fundo e iria me levantar e ir ate sua presenca, mas ela desce primeiro, tento desce ainda, mas as portas se fecham antes mesmo que eu posso me mexer, olho para a janela e vejo somente a fumaca que vem de um amigo, que eu pensei ela esqueceria no banco tamanho longa haviamos conversado.

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